sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

_ Cicatriz.

Um menino tinha uma cicatriz no rosto e as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado. Na realidade, quando os colegas de seu colégio o viam, franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. A turma resolveu falar com a diretora e ela tomou a decisão de que o menino da cicatriz sentaria no final da sala, para ninguém poder olhar mais para ele.
Levada ao conhecimento do menino a decisão, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: que ele comparecesse na frente dos alunos em sala de aula para dizer o porquê daquela CICATRIZ.

A turma concordou e, no dia, o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente da sala de aula  e começou a relatar:
"Sabe, turma, eu entendo vocês; na realidade esta cicatriz é muito feia, mas vou contar como a adquiri: Minha mãe era muito pobre, passava roupa para fora desde que eu tinha uns 7 a 8 anos de idade. Além de mim havia mais 3 irmãos, um de 4, outro de 2 e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
 “Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo; minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Havia muita fumaça e as paredes que eram de madeiras pegavam fogo e estava muito quente.
Minha mãe colocou-me sentado no chão, do lado de fora, e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois  tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas, as pessoas que estavam ali não a deixaram buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar: 'minha  filhinha está lá dentro!' Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror, e ela gritava muito, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha.
Foi aí que decidi: peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei  no colo do meu irmão de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí entre as pessoas e quando perceberam eu já tinha entrado na casa.
Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.Quando cheguei lá, ela estava enrolada em um lençol e chorava muito. “Neste momento, vi caindo alguma coisa; então me joguei em cima dela para protegê-la  e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto”.
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada. Então o menino continuou: 
 “Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha  linda e todo dia quando chego a casa, ela, a minha irmãzinha, a beija porque sabe que é marca de AMOR".
 Para você que leu essa história, quero dizer que o mundo está cheio de "CICATRIZES". Não falo das "CICATRIZES" visíveis, mas das cicatrizes que não se vê. Estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou ações. Há mais de 2000 anos, JESUS CRISTO adquiriu algumas CICATRIZES em suas mãos, seus pés e sua cabeça. Essas cicatrizes eram nossas, mas ELE pulou em cima da gente, protegeu-nos e ficou com todas as nossas CICATRIZES. Essas também são marcas de AMOR. 

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